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quarta-feira, 28 de abril de 2021
Como Estudar Criptomoedas | TOP 5 Canais
segunda-feira, 26 de abril de 2021
Real x Dólar: uma longa história de desvalorização; entenda os motivos
Olá! Seja muito bem-vindo a este novo espaço na Mais Retorno, que explicará de forma simples e direta o que ocorre com o dólar e com os principais índices de confiança. A ideia é termos um canal direto de comunicação e gostaria de receber sugestões, críticas e opiniões.
Há 16 anos acompanho diariamente o mercado financeiro global com o objetivo de orientar os clientes da consultoria Wagner Investimentos, que buscam informações sobre diversos ativos como bolsas (Ibovespa, S&P, Nasdaq, Dax, Shanghai e outras); juros nos Estados Unidos e no Brasil; moedas internacionais (dollar index, euro, libra esterlina e outras) e commodities (alumínio, cobre, açúcar, café e outras).
Porém, há uma preocupação em comum: o dólar no Brasil. Assim, nasceu a ideia deste espaço: passar um pouco da minha experiência a todos vocês.
A ideia é postar todas as segundas-feiras uma análise do que ocorreu nos dias anteriores, mostrar o que fez a nossa taxa de câmbio variar, e apontar os próximos eventos que poderão interferir na nossa moeda. Além disto, comentar um pouco da história da nossa moeda nos últimos anos e analisar os índices de confiança (muito importantes para analisar o desempenho futuro da economia) e alguns insights sobre inflação.
Dólar/real: uma longa história de desvalorização
Fazendo uma comparação entre as principais moedas globais, o dólar/real e a lira turca estão disputando o “pódio” de moeda mais desvalorizada desde o início da pandemia da Covid-19. O gráfico abaixo é bem elucidativo:
As moedas da Turquia e do Brasil sofreram desvalorização perto de 40% desde o final do ano de 2019. No momento, o dólar/real está com a medalha de “prata”, ou seja, é a segunda mais desvalorizada. Observe que as moedas da Colômbia, México e África do Sul tiveram desvalorização média de apenas 6% e a moeda do Chile se valorizou 5%, mas é importante lembrar que o peso chileno foi bem castigado pela onda de protestos no último trimestre de 2019.
Observação: o Dollar Index (DXY) é uma cesta de moedas que foi criada em março de 1973 e media a desvalorização do dólar norte-americano contra uma cesta de dez moedas, que eram: libra esterlina, yen japonês, dólar canadense, coroa sueca, franco suíço além do marco alemão, franco francês, florim neerlandês, lira italiana e franco belga. Estas cinco últimas moedas foram substituídas pelo euro em 1999. Abaixo a composição do DXY (ou dixie).
Se a moeda brasileira tivesse seguido a desvalorização média de 6% das moedas da Colômbia, México e África do Sul, a cotação deveria ser de aproximadamente R$4,30, muito abaixo dos R$5,49 do fechamento da sexta-feira, dia 23 de abril. Mas, afinal, por que o real se desvalorizou tanto e tão pouco tempo?
Essa não é uma resposta simples para responder e iremos neste artigo e em outros explicar de forma bem detalhada os principais fatores, que antecipadamente são: perda do grau de investimento, queda da taxa de juros, permissão para as empresas manterem os dólares fora do país, instabilidade institucional, correlação com as commodities, ESG e aumento do risco país medido pelo CDS de 5 anos.
Um pouco de história
Observe no gráfico abaixo como o dólar/real a partir de meados de 2012 começou a se desvalorizar de forma mais forte e brigou com a moeda da África do Sul até início de 2018 pelo “título” de mais desvalorizada e depois levou o título! Vou citar apenas dois fatores neste momento:
- Queda da taxa Selic: em agosto de 2011 iniciou-se um ciclo importante de queda da taxa Selic. Esta taxa caiu de 12,50% nesta data para 7,25% em outubro de 2012. E ocorreu outro ciclo de baixa, que começou em outubro de 2016 e terminou muito recentemente. No momento, estamos em ciclo de alta dos juros, mas é muito provável que para um patamar de juros muito abaixo da média histórica.
- Perda do rating de “grau de investimento” a partir de setembro de 2015 (Standard & Poor’s), fato que afastou investidores institucionais do País.
Para não prolongar muito, vou parar por aqui hoje e retomar nas próximas edições esses fatores, inclusive detalhando mais.
Momento atual
O dólar/real está em um nível de sustentação muito importante. Se o dólar/real começar a ser negociado abaixo da cotação mínima mostrada no gráfico abaixo (R$5,42) há chances de a moeda americana cair em direção a R$5,30 e R$5,20. A linha horizontal pontilhada de cor preta é o “gatilho de reversão” do gráfico proprietário da Wagner Investimentos: abaixo dela é uma tendência de baixa e acima é uma tendência de alta, situação que observamos desde a segunda semana deste ano.
A perda de R$5,42 (é preciso ter volume relevante abaixo deste nível por pelo menos um dia) deve fazer com que os investidores abandonem a posição comprada e prefiram vender dólares por um determinado período, fato que pode abrir uma boa oportunidade de comprar dólares mais baratos em alguns dias ou semanas.
Vamos acompanhar! Temos eventos muito importantes nos próximos dias e destaco quatro que podem afetar esta dinâmica:
- Reunião do FOMC (comitê de política monetária do Fed) no dia 28 de abril, quarta-feira. Muito provavelmente os diretores do Fed manterão os juros estáveis e perto de zero e o mesmo patamar de compra de ativos;
- Divulgação do índice PCE (Personal Consumption Expenditures Price Index) que é a inflação analisada pelo Fed. Este índice é parecido com o nosso IPCA, mas não temos nenhum índice de inflação equivalente ao PCE no Brasil. Acima de 2%, principalmente o núcleo do índice (que retira a variação dos preços de alimentos e combustíveis), maior a chance do Fed apertar a política monetária;
- Reunião do Copom (comitê de política monetária do BC) no dia 05 de maio, que deverá subir a taxa Selic de 2,75% para 3,50%;
- Non-farm-payroll (criação de vagas de trabalho) nos Estados Unidos no dia 7 de maio. Quanto maior o número de vagas criadas, maior a chance de o Fed apertar a política monetária.
Assim, iremos acompanhar a evolução do mercado nos próximos dias. Eventualmente o dólar/real pode ter um repique para a região entre R$5,54 (linha azul, que indica o preço médio dos investidores de curto prazo), mas isto não desarma o provável movimento de queda.
Desejo a todos uma ótima semana e bons negócios!
Abraços,
José Faria Júnior
Disclaimer: este material foi elaborado com a exclusiva finalidade de apresentar conteúdo meramente indicativo, não devendo, em nenhuma hipótese, ser interpretado como um texto, relatório de acompanhamento, estudo ou análise sobre câmbio ou valores mobiliários que possam auxiliar ou influenciar no processo de decisão. As informações utilizadas para a sua elaboração foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis e de boa fé, porém não há nenhuma garantia, expressa ou implícita, sobre mudanças, que não implica na obrigação de qualquer comunicação no sentido de atualização ou revisão com respeito a tal mudança. Desta forma, a Wagner Investimentos e o analista envolvido em sua elaboração não aceitam responsabilidade por qualquer perda direta ou indireta decorrente da utilização do conteúdo deste documento.
Fonte : Mais Retorno
quinta-feira, 22 de abril de 2021
Satoshi Call - 22/04/2021
As consequências para o Bitcoin da inundação de uma mina de carvão na China Uma mina de carvão localizada na região de Xinjiang, na China, inundou e fechou no último fim de semana. O efeito resultante na indústria de mineração de Bitcoin da China destacou como a prática ainda depende fortemente do carvão. O fechamento da mina coincidiu com uma queda significativa na taxa de hash do Bitcoin – a unidade de medição do poder de processamento da rede Bitcoin. Na verdade, a taxa de hash do Bitcoin caiu para seu nível mais baixo desde novembro de 2020 durante o apagão da mina, de acordo com os dados da Coin Metrics. Saiba mais em Portal do Bitcoin |
-- Facebook movimenta projeto piloto para criptomoeda própria Sim, o Facebook está prestes a ingressar no mundo das criptomoedas. A Diem Association está planejando, ainda em 2021, lançar um projeto piloto da criação da moeda do Facebook, Diem. Alguns rumores afirmam que a moeda terá ligação ao dólar, mas ainda não temos informações oficiais sobre isso. Entretanto, Diem será o novo nome do antigo Libra, que deveria ser a criptomoeda do Facebook, mas não deu certo. Inicialmente, Libra seria uma moeda atrelada a um punhado de outras moedas nacionais. Contudo, decidiu-se, neste novo projeto, criar diferentes moedas atreladas a uma única moeda nacional. Aparentemente, o primeiro projeto a ser lançado será aquele com valor atrelado ao dólar. O outro detalhe revelado é que o experimento começará em pequena escala. Assim, envolverá transações e pagamentos entre consumidores individuais e provavelmente será testado como meio de pagamento para compras. Saiba mais em Investing.com |
O que aconteceu nas últimas 24h:
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Real World - DeFi Lastreando em Imóveis
DeFi Lastreando em Imóveis?
Olá investidor, tudo bem?
O mercado DeFi possui cerca de 60 bilhões de dólares em Total Value Locked (Capital travado em operações de empréstimo), possuindo como seus principais responsáveis por isso protocolos de lending como AAVE, MKR e COMP.
Até hoje, a única forma de você realizar empréstimos dentro desses protocolos era através do lastro em criptomoedas, o que de certa forma poderia ser um limitador para o crescimento desses ativos, visto que existem outros ativos que também poderiam ser excelentes lastros para as DeFi , tais como imóveis, ações, entre outros.
Essa limitação acaba de desaparecer! Foram emitidos os primeiros DAI (Stablecoin lastreada emitida pela Maker) com lastros em imóveis.
Mercado Imobiliário
Essa novidade foi possível por conta de uma atualização votada essa semana no protocolo que implementou a Tinlake blockchain, uma funcionalidade que permitia a integração da Maker com a New Silver, uma companhia do mercado imobiliário, que tokenizou imóveis através de tokens NFTs.
A partir disso, como dito por Sébastien Derivaux, “as DeFi entraram no mercado financeiro tradicional.” Sendo isso concretizado com a emissão de 38 mil DAI lastreados em imóveis. O que gerou comentários de grandes bancos em relação a essa inovação, como do Citi Group.
Acredito que o mercado financeiro tradicional nunca esteve tão conectado com o mercado de finanças descentralizadas e nunca foi tão evidente o potencial desses protocolos.
Não estamos falando de uma nova classe de ativos, estamos falando de um novo formato de mercado baseado em blockchain, digitalização e efeito rede.
Bônus
Falando em efeito rede e potencial de inovação no mercado de criptomoedas, seria impossível eu não comentar sobre as soluções de Cross Chain implementadas pelas novas blockchains.
Pensando em te deixar familiarizado com tudo isso, eu preparei uma análise completa sobre tudo que você precisa saber para começar a estudar esse universo, e é claro, o ativo que está construindo esse novo conceito: a Polkadot.
Esse vídeo, em 14 minutos, te mostrará o potencial do mercado de criptomoedas e da comunicação Cross Chain.
APERTA O PLAY
segunda-feira, 19 de abril de 2021
Giro econômico da Semana – Análise do Boletim Focus
19 abr Giro econômico da Semana – Análise do Boletim Focus (19/04)
Na manhã desta segunda-feira (19/04) o Banco Central divulgou mais um Boletim Focus com expectativas econômicas para 2021.
As projeções não continuam muito boas, com a projeção para a inflação e o câmbio subindo e para o PIB caindo.
O IPCA continuou crescendo levemente, e agora os especialistas do mercado acreditam que ele deverá fechar 2021 em 4,92%.
O câmbio também teve uma leve expectativa de alta, com o mercado acreditando que o dólar vire cotado em R$ 5,40.
Já o Bitcoin que na terça-feira (13) chegou a ser cotado em R$ 362 mil, despencou no final de semana. Os especialistas dividem opiniões sobre o motivo.
Quer saber mais sobre as projeções do mercado? Confira a nossa análise do Boletim Focus publicado nesta segunda-feira, 19 de abril de 2021.
Crescimento do PIB
A projeção para o crescimento do PIB piorou nesta semana, com o mercado acreditando que a economia brasileira irá crescer 3,04% neste ano.
Há quatro semanas, o mercado previa um crescimento de 3,22% do PIB. Portanto, está ocorrendo uma queda pequena e sistemática durante as semanas.
Vários fatores influenciam a piora nas projeções, no entanto, o atraso na vacinação e a falta de incentivo do governo na economia são os principais deles.
Inflação
Apesar do cenário parecer um pouco mais estável em relação aos aumentos de preço, a expectativa para o IPCA continuou piorando levemente.
O indicador que era projetado para fechar o ano em 4,71% há 04 semanas, agora é previsto para fechar 2021 em 4,92%. Neste ritmo há uma grande chance da inflação fechar acima do teto da meta.
Já em relação ao IGP-M, a expectativa se manteve estável. Na semana passada ela era de 12,66% e continuou nessa projeção.
É importante entender que o IPCA e o IGP-M são índices com metodologia diferentes um do outro e por isso os valores entre eles divergem.
Pois, enquanto o IPCA considera nove categorias de produtos e serviços que refletem o hábito de consumo de 90% das famílias brasileiras, o IGP-M considera uma média aritmética de três índices:
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
Assim sendo, quando ocorre uma desvalorização do real, muitas commodities que são cotadas em dólar sobem, impactando o IGP-M diretamente.
Taxa de juros e Taxa de Câmbio
As projeções para a Taxa Selic que vinham subindo parecem ter normalizado. Agora o mercado acredita que a taxa básica de juros vai virar o ano em 5,25%.
Para 2022 a expectativa é que a Selic fique em 6% e para 2023 em 6,5%. Portanto dá para ver que há uma tendência de aumento nos juros futuros.
A projeção para a taxa de câmbio também segue piorando levemente, sendo que há 4 semanas ela estava prevista para terminar o ano em R$ 5,30 e agora a expectativa é que termine o ano em R$ 5,40.
Produção Industrial
A projeção para a produção industrial que vinha melhorando semana após semana despencou. Agora o mercado acredita que ela vai crescer 5,06% neste ano.
Na semana passada, a projeção para a produção industrial era de fechar o ano em 5,39%. Por isso, a queda veio mostrar uma certa cautela por parte dos analistas.
Os investimentos diretos previstos para 2021 se mantiveram estáveis durante a semana, com previsão de terminarem o ano em US$ 55 bilhões.
Bitcoin e criptomoedas
O Bitcoin continuou oscilando bastante durante a semana. A criptomoeda chegou a bater R$ 362 mil na terça-feira (13) e despencou na madrugada de sábado para domingo.
No entanto, logo na manhã do próprio domingo já recuperou força, e está sendo cotado na manhã desta segunda-feira (19) em R$ 316 mil.
Os motivos para o BTC ter despencado não estão claros, mas podem ter relação com o fato da Turquia ter banido os pagamentos com a criptomoeda. Por isso, o cenário é de manutenção.
Esse foi o nosso giro econômico da semana trazendo expectativas sobre investimentos e cenários futuros. Fique ligado que semana que vem tem mais.